Centro de Referência da Mulher Participa de Capacitação

O Centro de Referência da Mulher de senhor do Bonfim participou nos dias 19 e 20 de abril da Capacitação em Gênero, Rede e Violência contra a Mulher. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal da Mulher de Petrolina-PE e aconteceu no Auditório do Centro de Convenções da mencionada cidade.

O evento teve por objetivo fortalecer a Rede de Atenção à Mulher e capacitar os profissionais de atendimento com a pretensão de humanizar os serviços oferecidos.

O curso foi oferecido para 120 profissionais do Município que atuam na rede de atendimento à mulher (áreas de Saúde, Educação e Ação Social).

Com exceção do CIAM (Centro de Integração e Atenção à Mulher) de Juazeiro-BA, somente o Centro de Referência da Mulher de Senhor do Bonfim, recebeu convite para participar do evento, que por extensão, também, foi convidado para fazer parte da Rede PEBA (Petrolina e Bahia). “Pretendemos nos próximos três anos alcançar a meta de qualidade nos serviços de atendimento à mulher, através da formação de uma rede de relacionamento e de atendimento qualificado”, disse a Secretária Municipal da Mulher, Maria dos Anjos.

As representantes, Maria José Alves e Vera Duarte, ambas da Secretaria de Assistência Social do governo Cuidando da Nossa Gente, demonstraram o estágio organizativo e implementador de políticas para as mulheres, avaliou o Prefeito, Paulo Machado.

 "Senhor do Bonfim está articulando uma rede de atenção à mulher e conta com a parceria do 6º. BPM, que se fez presente no evento, representado pelo Ten. Cel., Augusto Salgado", expressou Maria José, coordenadora do CRM. "A equipe é comprometida e está com vontade", completou a chefa da pasta da Assistência Social, Fátima Brasileiro.

Na foto acima: Maria José e Vera Duarte (CRM- Sr. Bonfim). A foto abaixo acrescida de Marli Carvalho (CIAM de Juazeiro). As únicas baianas presentes no evento.

Quem foi Lélia González?

Intelectual, política, professora e antropóloga brasileira nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, histórica no movimento feminista brasileiro, por sua luta no combate à violência contra a mulher, notadamente a violência sexual e doméstica. Filha de um ferroviário negro e mãe de origem indígena, e penúltima de dezoito irmãos, migrou para o Rio de Janeiro (1942). Pioneira nos cursos sobre Cultura Negra, com destaque para o 1º Curso de Cultura Negra na Escola de Artes Visuais no Parque Lage, doutorou-se em Antropologia Social, em São Paulo, e dedicou-se a pesquisas sobre a temática de gênero e etnia. Militante do movimento negro, teve fundamental atuação em defesa da mulher negra, participando do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras e do Coletivo de Mulheres Negras N’Zinga. No II Congresso da Mulher Paulista em Valinhos, foi criado o SOS Mulher, sendo também criados serviços semelhantes em outros estados do país, entidades autônomas que tinham como objetivo atender as mulheres vítimas de violência, com um serviço voluntário de advogadas e psicólogas. Como conseqüência do movimento feminista, foram criadas, inicialmente em São Paulo (1985), as Delegacias de Defesa da Mulher. A Constituição de 88 passou a reconhecer a violência doméstica e a necessidade de o Estado criar medidas para coibi-la. Foi suplente de deputado federal (1982) e de deputado estadual (1986). Participou da primeira composição do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, o CNDM (1985-1989). Grande incentivadora das tradições afro-brasileiras, pertenceu ao Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombos, que fazia seu carnaval atendo-se às raízes do velho samba carioca e foi uma das fundadoras do grupo Olodum, de Salvador, Bahia, e faleceu vítima de problemas cardíacos, no Rio de Janeiro, aos 59 anos. Atuou nas universidades brasileiras por mais de 30 anos, até seu falecimento. Em seus últimos dias, foi eleita, por reconhecimento de sua competência, Chefe do Departamento de Sociologia, da Pontifícia Universidade Católica, a PUC, Rio de Janeiro. Em seus escritos destacaram-se os livros Lugar de Negro (1982), com Carlos Hasenbalg, e Festas Populares no Brasil, premiado na Feira de Frankfurt, mas também produziu muitos papers, comunicações, seminários e panfletos político-sociais.

Senhor do Bonfim Participa de Fórum Estadual

Senhor do Bonfim enviou representantes do município para participar do II Encontro do Fórum Estadual de Gestoras (es) de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia. Atualmente, o Fórum é composto por Vinte e dois municípios do Estado da Bahia distribuídos em dez Territórios de Identidade.

Senhor do Bonfim, através do Território de Identidade "Piemonte Norte do Itapicuru", não deverá ficar de fora e já está negociando sua adesão ao Fórum. Tanto assim é, que, nos últimos dias 15 e 16/04/2010, enviou duas representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social para inferir à discussão.

Estiveram presentes no Encontro: Maria José Ferreira Alves, representando a Secretária de Assistência Social, Maria de Fátima Souza Brasileiro, e Vera Duarte, representando o Centro Territorial de Referência da Mulher. Ambas tiveram o prazer de se fazerem presentes na reunião e se comprometeram em executar os três projetos aludidos para ganhar o Prêmio "Lélia González".

Com estas iniciativas, o Município espera contribuir com a ruptura do ciclo da violência de gênero e assim,  promover a paz, tantas vezes embatida por grandes líderes em todo o mundo, a exemplo da militante e antropóloga Lélia González.

FÓRUM ESTADUAL DE POLÍTICA PARA AS MULHERES

Aconteceu em Salvador nos últimos dias 15 e 16 de abril/2010 o II Encontro do Fórum Estadual de Gestoras(es) de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia.

O Fórum Estadual de Gestoras(es) de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia surge em 2009, a partir da adesão dos municípios que possuíam em sua estrutura administrativa órgãos voltados para a Política da Mulher.

O Fórum tem como objetivo geral o fortalecimento institucional dos Organismos de Políticas pra as Mulheres, construindo estratégias políticas de consolidação das ações estruturantes e fundamentais para implementação do Plano Nacional e Estadual de Políticas para as Mulheres.

Outrossim, tem como objetivos específicos:

• Promover a articulação de políticas para as mulheres (campanhas, encontros, seminários; audiências públicas);

• Possibilitar um processo de formação contínua através de uma agenda comum e ações articuladas;

• Garantir que a perspectiva de gênero esteja presente transversalmente nos programas e ações dos executivos municipais;

• Estimular a criação de novos organismos municipais de políticas para as mulheres;

• Atuar em consonância com as decisões dos fóruns; monitorar, acompanhar e avaliar a implantação e implementação de Políticas para as mulheres;

• Promover campanhas informativas sobre a Lei Maria da Penha, as campanhas de Prevenção e enfrentamento à violência, saúde da mulher, garantias de direitos, a importância do controle social e a municipalização das políticas para as mulheres;

• Formação técnica e política das gestoras.

DO ENCONTRO

O II Encontro do Fórum teve duração de dois dias e aconteceu no Hotel Vila Velha em salvador-Ba. Estavam presentes no Encontro: a Secretária de promoção da Igualdade/SEPROMI – Luiza Bairros; Subsecretária Especial de Políticas para as Mulheres – SPM/PR – Maria Aparecida Gonçalves e a Superintendente de Políticas para as Mulheres – ESPROMI/SPM - Valdecir Nascimento.

O Encontro discorreu sobre a implantação e implementação de Organismos de Políticas para as Mulheres nos municípios. Como forma de incentivo foram apresentados três projetos de incitamento para garantir a continuação e fortalecimento das citadas políticas, conforme descrito abaixo:

1: Projeto de incentivo a Autonomia Econômica e ao empreendedorismo das mulheres baianas. O projeto tem como objetivo promover a autonomia das artesãs que se encontram em situação de vulnerabilidade social, com enfoque no marketing e estratégias de vendas;

2: Projeto Rede Estadual de Atenção à Mulher. O projeto apresentado tem por objetivo formar uma rede Territorial de apoio à mulher, visando à implantação e implementação de organismos que fortaleçam as políticas para as mulheres;

3: Projeto Homens Unidos pelo fim da Violência contra as Mulheres. O projeto tem por objetivo mobilizar a comunidade masculina para pensar no fenômeno da violência doméstica e familiar e desta formar ganhá-los como parceiros e multiplicadores desta política, no âmbito das questões apresentadas;

4. Prêmio Lélia González. A premiação é uma recompensa da Sepromi/SPM em resposta à execução dos três projetos acima citados e seu valor dependerá da quantidade de municípios a serem aprovados na implementação dos projetos.

A realização dos projetos acima citados, são condicionantes para o município receber o “Prêmio Lélia González”. Os projetos deverão ser realizados pelas prefeituras no período de 19 de abril até 30 de maio/2010 e devem obedecer o cronograma de atividades e a metodologia orientada.