segunda-feira, 30 de agosto de 2010

II Encontro de Mlheres: Articulando TI

Nos dias 27 e 28 de agosto de 2010 o CEFRO/UFBA, através do Projeto Encruzilhada de Direitos - Gênero, Raça e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na Bahia, realizou o II Encontro de Mulheres Articulando os Territórios de Identidade, em Salvador -BA, com a participação de representantes dos movimentos de mulheres dos 15 Territórios de Identidade da Bahia, por onde o Projeto Encruzilhada realizou ações nos anos de 2009 e 2010.

Nesse período a CEAFRO promoveu as vigílias na capital e no interior, incluindo no roteiro o Território do Piemonte Norte do Itapicuru (Campo Formoso e Senhor do Bonfim).

O encontro teve por objetivo avaliar a caminhada do Projeto e propor estratégias para a campanha pelo fim da violência  de gênero. 

"Nos 04 anos da Lei Maria da Penha (11.340/3006) e 02 anos do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência queremos refletir juntas, sobre os próximos passos do Projeto, rever as formas de luta de cada região, o que deu certo e o que precisa mudar", disse a coordenadora do Projeto Vilma Reis.

Na roda de diálogo, Senhor do Bonfim e Campo Formoso estiveram novamente, presentes e receberam o apoio da CEAFRO e da SEPROMI para manterem firme a parceria, enquanto TI.

Axé! para todas as mulheres da Bahia!

Qual o perigo em ser seletivo?

Conheço inúmeras pessoas que dizem já ter desistido do amor. Algumas pessoas passam por expriências tão dolorosas emocionalmente que acreditam, piamente, que o amor não fora feito para elas. Ledo engano! Tudo depende das nossas escolhas e de como conduzimos nossos relacionamentos. O amor não tem idade, sexo, classe social, nem vê compatibilidade de tipo sanguíneo, ele simplesmente acontece e se instala em nossos corações tomando conta de nossas vidas.

Depois de uma experiência sofrida a pessoa, talvez se sinta a mais infeliz das mortais e fique muito na retaguarda. Dizem que o melhor ataque é a defesa, pensa. Mas será que é certo ficarmos nos defendendo sempre de coisas que nem sabemos se vão ser boas ou ruins? Será que é certo deixarmos de viver emoções, que podem ser saudáeis, por medo do futuro?
Claro que depois de certa idade, e de ter vivido certas experiências, nós ficamos mais seletivas. Escolher com algum cuidado nossos parceiros não é errado; errado é quando disfarçamos os medos adquiridos ao longo dos relacionamentos, excluindo qualquer possiblidade de um recomeço, por achar que essa ou quela pessoa não é a ideal e vivemos sob a ilusão de que irá aparecer o tão idealizado homem dos sonhos. Afinal, pensamos que se já sofremos tanto: então agora nada mais merecido do que ter ao nosso lado alguém do jeitinho que sempre idealizamos! Mas, a vida não é assim, não se fabrica pessoas de acordo com as especificações impostas pelo cliente. Os relacionamentos para realmente darem certo precisam ser baseado no amor, no respeito e na compreensão de ambas as partes. Precisamos aprender a lidar com os defeitos do outro, até porque para convivermos com as boas qualidades não é preciso de amor.

Às vezes, quando nos pegamos relembrando o passado, sentimos de novo certas dores e nos colocamos outra vez na retaguarda. Mas, se um relacionamento não deu certo, isso não quer dizer que foi tudo em vão, mas que houve troca de emoções e que existiram certas afinidades para que isso acontecesse. O grande problema é quando projetamos nossos sonhos no outro e nos esquecemos que por sermos indivíduos únicos, também nossos sentimentos são percebidos de formas diferentes. Portanto, não subestime o outro, não o culpe pelos sonhos que você não realizou, pelo abraço que não recebeu, pelo beijo mal dado... dar e receber amor também é uma arte, e nem todos conseguem interpretar da mesma forma.

Enfim, tentar excluir das nossas vidas emções fortes pela simples aproximação de alguém que nos deseja e nos atrai é o mesmo que deixarmos de viver. Portanto, permita-se e tente outra vez!



terça-feira, 24 de agosto de 2010

II Vigília Territorial

O CRM participou no último sábado, dia 21, a II vigília territorial realizada na cidade de Campo Formoso-BA. O evento foi promovido pela Comunidade Eclesial de Base (CEBs) daquela cidade e teve o apoio de 04 seguimentos sociais do município de Senhor do Bonfim: o Centro de Referência da Mulher “Mãe Sulinha”, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) e o Conselho Comunitário de Segurança Pública. Também estavam presentes jovens residentes da Casa Abrigo estudantes daquela cidade. Como suporte maior, o evento contou com a presença de Luiza Hubem, membro do CEAFRO (Salvador-BA). Esta modalidade de política está sendo implantada no Território do Piemonte Norte do Itapicuru e pretende-se que seja estendida para todo o Território. O CRM parabeniza as articuladoras Andra e Carla pela dedicação com que organizaram o movimento.

Tribunal de Justiça e CNJ juntos para a aplicação da Lei Maria da Penha

Notícia extraída do site do TJ BA:


24/08/2010 07:58 - Tribunal de Justiça e CNJ juntos para a aplicação da Lei Maria da Penha
O Tribunal de Justiça da Bahia também está na campanha promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para erradicar a violência contra a mulher no país. Uma campanha publicitária será veiculada na mídia com o objetivo de chamar a atenção para o problema e promover a aplicação da Lei Maria da Penha tanto por parte dos órgãos Judiciários como pela sociedade.

O vídeo institucional tem a duração de 30 segundos e será divulgado em emissoras de tevê aberta em todo território nacional. Há também planos de mídia e spots para rádios.

Para o presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso “o Judiciário tem ciência da importância da Lei Maria da Penha e não medirá esforços para efetivá-la. O CNJ acredita no empenho dos magistrados nessa missão e se motiva para ver concretizada a aplicação dessa Lei”.

Clique aqui e veja o vídeo da campanha.
O link p ler e ver o vídeo: http://www.tjba.jus.br/site/noticias.wsp?tmp.id=3961

Sandra Virgínia P. Evangelista
Advogada do CRM

domingo, 8 de agosto de 2010

I Vigília Territorial

Aconteceu ontem, dia 07 de agosto, às 19:00h,  a primeira vigília do Território Piemonte Norte do Itapicuru. A vigília é um evento de cunho popular e tem por principal objetivo a mobilização dos movimentos populares para dá visibilisade à violênia silenciosa que acontece no espaço doméstico. A data foi importante porque, exatamente neste dia, a Lei Maria da Penha (Lei de n°. 11.340/2006) está completando 04 anos de promulgada.

Com ícones de liberdade as mulheres, acompanhadas de alguns poucos homens, reuniram-se no Centro de Refrência da Mulher "Mâe Sulinha" para discutir assuntos de relevância terrotirial; depois, saíram às ruas para levar aos espaços públicos o conhecimento da violência que acontece nos espaços privados.

Estas surgem das antigas tradições de manifestações públicas populares com enfoque moderno e renovador, nascem no Recife -PE e se alastra na Bahia, fortalecendo, desta forma, a REDE Pernambuco x Bahia (PEBA). Em Salvador as vigílias são realizadas mensalmente, nas últims terças-feiras de cada mês, todovia, no nosso território, este assunto discutido com todo o território. 
Este evento foi uma iniciativa do Centro de Referência "Mãe Sulinha", o único da região, juntamente com a CEAFRO e AMB (Centro de Estudos e apoio à Mulher Afrodescendente e Movimento das Mulheres do Brasil), com o apoio da Prefeitura Municipal de Senhor do Bonfim-BA.
Fizeram-se presentes no evento:
  1. Conselho Comunitário de Segurança Pública de Senhor do Bonfim;
  2. Conselho Municipal dos Direitos da Mulher;
  3. CEB's - Comunidade Eclesiais de Base de Campo Formoso;
  4. Scretaria de Assistência Social de Jaguarari;
  5. Igreja Adventista do Sétimo Dia de Senhor do Bonfim;
  6. APAC - Associação de Proteção à Criança e Adolescente de Senhor do Bonfim;
  7. Igreja Católica de Senhor do Bonfim;
  8. O Comandante do 6º. BTM, Coronel Salgado;
  9. A Ceafro- Salvador;
  10. O CREAS - Centro Especializado de Assistência Social de Senhor do Bonfim; e
  11. Os protagonistas do evento, a equipe do CRM.


No processo de discussão ficaram agendados os seguintes encaminhamentos:
  • Dia 16 - reunião em Campo Formoso na sede da CEB's . Pauta:  discutir uma comissão territorial;
  • Dia 21 - vígília em Campo Formoso.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Número de queixas pelo disque denúncia

O serviço de denúncia Ligue 180, específico para receber queixas de violência doméstica contra a mulher, registrou alta de 112% de janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (3) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que criou a central em 2005.

Considerando a quantidade de ligações por estado, São Paulo teve o maior registro, seguido por Bahia e Rio de Janeiro. Quando a análise é feita considerando a quantidade de ligações a cada 50 mil mulheres de cada estado, o Distrito Federal fica em primeiro com 267 ligações a cada 50 mil mulheres. Em seguida, estão o Tocantins, com 245 queixas a cada 50 mil mulheres e o Pará, com 237 queixas a cada 50 mil mulheres.

O disque-denúncia registrou 343.063 atendimentos nos sete primeiros meses de 2010 contra 161.774 nos mesmos meses de 2009.
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Para o governo, o crescimento da busca pelo serviço "reflete um maior acesso da população a meios de comunicação, vontade de se manifestar acerca do fenômeno da violência de gênero, ao fortalecimento da rede de atendimento às mulheres e ao empoderamento da população feminina local".

A busca de informações sobre a Lei Maria da Penha, lei 13.340/2006, corresponde a 50% do total de informações prestadas pelo Ligue 180. A Lei Maria da Penha completa quatro anos de sanção nesta semana.

Dos atendimentos registrados neste ano pelo Ligue 180, a maioria se deveu a crimes de lesão corporal. Em seguida, vieram as ameaças, conforme dos dados do balanço. Juntos, os dois tipos de queixas somaram 70% dos registros do Ligue 180. A Secretaria de Políticas para as Mulheres informou que esses crimes também são os mais registrados por mulheres nas delegacias.

Na avaliação da secretaria, o total de registros de ameaças - em 8.913 situações - mostra que é preciso atenção a esse tipo de queixa. "A voz de uma mulher que reporta estar sendo ameaçada tem de ter credibilidade. Pois só a vítima é quem tem a real dimensão do risco que corre", disse em nota a subsecretária Enfrentamento à Violência contra as Mulheres Aparecida Gonçalves.

Os relatos de violência somaram 62.301 registros, sendo que 36.059 foram de violência física; 16.071 de violência psicológica; 7.597 de violência moral; 826 de violência patrimonial; e 1.280 de violência sexual. Foram registrados 239 casos de cárcere privado.

O balanço mostra também que em 68,1% dos casos a violência contra a mulher é presenciada pelos filhos. Além disso, em 16,2% das situações o filho sofre a violência junto com a mãe.

Os atendimentos mostram ainda que 39,6% das mulheres dizem sofrer violência desde o início da relação. Outras 57% afirmaram que são agredidas física ou psicologicamente todos os dias. Em mais da metade dos casos, as mulheres disseram correr risco de morte.

O perfil de quem agride é parecido com o de quem é agredida. A maioria das mulheres que ligou para a central tem entre 25 e 50 anos (67,3%) e nível fundamental de escolaridade (48,3%). Nas queixas, a maioria apontou que os agressores têm entre 20 e 45 anos (73,4%) e também nível fundamental de escolaridade (55,3%).

Das mulheres que entraram em contato com a central, de acordo com a secretaria, 72,1% vivem com o agressor, sendo que 57,9% são casadas ou têm união estável. Outros 14,7% prestaram queixa contra o ex-namorado ou ex-companheiro.

As informações sãodo G1 e foram cedidas gentilmente por Neto Maravilha.