segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mulheres dialogam sobre seus direitos em Seminário de Mobilização



Neste 25 de julho, quando celebramos o dia Latino-Americano e Caribenho de luta das mulheres negras no Brasil, a convocaçao de uma nova conferência de Plíticas para as mulheres, e, quando as companheiras aqui do TIPNI, estão vivendo a experiência do primeiro ano de existência do Centro Territorial e Referência da Mulher Mãe Sulinha", nós, do projeto encruzilhada de direitos aproveitamos a oportunidade para nos encontrarmos em Senhor do Bonfim para a fase de Mobilização e Mapeamento ds políticas, que estão acontecendo neste Território de/para/com as mulheres levantando o que ainda está na agenda para acontecer: as demandas locais e do territoriais (Vilma Reis. Coord. CEAFRO). 
 Mulheres do Piemonte Norte doItapicuru dialogam sobre seus direitos em Seminário de Mobilização
As estatísticas revelam que a Bahia ocupa o 3º lugar em número de chamadas ao serviço 180, que atende denúncias de violência contra mulheres. Preocupada em erradicar os males que convergem para este dado negativo, a coordenação do Projeto Encruzilhada de Direitos – Raça, Gênero e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres Negras da Bahia está promovendo em todos os territórios de identidade do estado, o Seminário de Mobilização: Diálogos com os Movimentos de Mulheres do Território. Os seminários fazem parte do Programa de Educação para a Igualdade Racial e de Gênero (Ceafro) desenvolvido pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) que também promove a Campanha pelo fim da violência contra as mulheres negras no estado.
Em Bonfim – Neste dia 25 de julho, entidades de apoio e defesa aos direitos da mulher dos municípios que congregam o Piemonte Norte do Itapicuru participaram do Seminário de Mobilização que aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores de Senhor do Bonfim. O evento contou com o apoio do Centro de Referência da Mulher de Bonfim (Mãe Sulinha) e reuniu representantes do Cras, Creas, Projovem, Conselho da Mulher, Movimento Quilombola e Pequenas Agricultoras dos municípios de Campo Formoso, Jaguarari, Filadélfia, Antônio Gonçalves, Andorinha e Pindobaçu.

“Nós estamos desenvolvendo este projeto desde 2008. Esta primeira etapa envolve 15 territórios, mas resolvemos priorizar cinco casos exemplares na Bahia com experiências em municípios que chamam atenção por conta da luta que as mulheres têm travado para garantir as políticas de enfrentamento à violência, de autonomia econômica e também de outras políticas que possam verdadeiramente amparar as mulheres, não como um favor, mas como um entendimento de que o estado tem a responsabilidade de garantir nossa independência, nossa vida longe da violência” – explicou a socióloga Vilma Reis, coordenadora do Ceafro.

Assuntos – Na pauta do encontro estavam:

a apresentação do Projeto Encruzilhada, informes sobre o Pacto Estadual de Enfrentamento à violência na Bahia e sobre a Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, além de trabalho em grupo com o objetivo de identificar as necessidades de políticas públicas no Território e escolha da Comissão de Mobilização Territorial.

No sentido do fortalecimento – De acordo com Vilma Reis, o Projeto Encruzilhada faz a mobilização política nos territórios no sentido de fortalecer a luta do gênero. “Às vezes você tem uma cidade como Senhor do Bonfim, que tem uma política forte, que está acontecendo, mas há outras cidades no mesmo território em que as mulheres (da cidade e do campo) não têm nenhum amparo (não tem Delegacia da Mulher, não tem funcionamento da Defensoria Pública) e o que fazemos é mobilizá-las e formá-las para as demandas” – acrescentou.

O Foco – Apesar da luta ter como bandeira a defesa dos direitos da mulher em sentido amplo, a mobilização promovida pelo projeto tem priorizado a causa das mulheres negras da Bahia, que representam 80% da população. Desse modo, a Encruzilhada de Direitos está dialogando com as mulheres das comunidades quilombolas e das cidades no intuito de orientá-las quanto aos seus direitos. “Se tivermos um projeto que chega a 80% da população ele é vitorioso. Vamos colocá-las em evidência e fortalecer os grupos historicamente em desvantagem” – concluiu a coordenadora do Ceafro.

No evento – Estiveram presentes, compondo a mesa de abertura do seminário: o secretário de Administração de Senhor do Bonfim George Dionísio, representando o prefeito Paulo Machado, Raimundo Freitas (Agricultura), representando o TPNI, o assessor jurídico da Prefeitura de Bonfim Hildalino Magalhães e o diretor de Relações Institucionais do município, José Gonçalves, Dária Cristina do Conselho da Mulher, Louisa Huber do Projeto Encruzilhada de Direitos, Rita de Cássia, representante do Movimento das Pequenas Agricultoras e Raiza Ribeiro, representante do Movimento Quilombola de Campo Formoso.

Do dia 25 de julho - O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, República Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícita em muitas situações cotidianas.
Governo Cuidando da Nossa Gente
Assessoria de Comunicação
Senhor do Bonfim-BA
25/07/2011







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