sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Prefeitura de Andorinha torna-se parceira do CRM

O Centro de Referência da Mulher realizou na data de ontem (16/12/2010) uma reunião com o Prefeito Municipal da cidade de Andorinha. A pequenina cidade com pouco mais de 20 mil habitantes situa-se ao norte do Estado da Bahia e ao leste da cidade pólo Senhor do Bonfim a distancia de 30 km.
O objetivo do encontro foi articular com o Prefeito, o Sr. Agileu a parceria daquela prefeitura com o CRM no sentido de conveniar as políticas de Gênero no âmbito do Território. “A reunião foi bastante proveitosa e saímos de lá com o êxito esperado”, disse a coordenadora do CRM, a Srª Maria José Canário. “Agora vamos articular uma agenda de visitas com outros municípios para agarinhar mais parcerias”, concluiu.

O CRM é um serviço público voltado para atenção das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Está sediado à Rua Dr. José Gonçalves, 06 – Centro e atende a mulheres vítimas de violência do Território de Identidade do Piemonte Norte do Itapicuru.

Comissão estende Lei Maria da Penha á namorada agredida

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que inclui namoradas e ex-namoradas sob a proteção da Lei Maria da Penha, que criminaliza a violência doméstica contra as mulheres. Caso não haja recurso, a proposta seguirá para análise do Senado.

Segundo a autora do projeto, a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), os tribunais não têm reconhecido a relação do namoro como protegida pela lei, reconhecendo apenas as uniões formais. "O Legislativo não pode se quedar inerte diante dessa interpretação da lei, que beneficia determinado grupo de agressores, qual seja: namorados e ex-namorados", diz Elcione ao justificar o projeto.

A reportagem do Estadão lembra que, em março de 2009, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia decidido que a Lei Maria da Penha poderia ser aplicada a relações de namoro, independentemente de o casal viver junto. A decisão da ministra Laurita Vaz determinou, no entanto, que cada caso precisaria ser analisado individualmente.

Caso Eliza

Em outubro de 2009, a Justiça negou proteção a Eliza Samudio, por considerar que a jovem não mantinha relações afetivas com o goleiro Bruno Fernandes. Em dezembro de 2010, Bruno foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelos crimes de lesão corporal, cárcere privado e constrangimento ilegal cometidos contra Eliza, que continua desaparecida até hoje.


16 de dezembro de 2010
Texto extraído do site Agência Patrícia Galvão e Folha de S.Paulo/O Estado de S. Paulo (cedido gentilmente por Nadhiany Vieira - Rececionista CR)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Centro de Referência da Mulher realiza seu I Simpósio em políticas de gênero

Ontem, (dia 07/12/2010) o Centro de Referência da Mulher realizou seu primeiro simpósio territorial no âmbito da política de gênero. O evento teve por objetivo a articulação e o fortalecimento das políticas de gênero, bem como a reivindicar do território a pactuação na continuidade, manutenção e sustentação dos trabalhos desenvolvidos pelo CRM para o ano de 2011. Agora, cabe aos municípios do TIPNI assegurar e legitimar o CRM como uma política de território. O próximo evento deverá ser realizado em outro município para dá visibilidade e garantir a participação efetiva da comunidade Itapicuruense nas ações do CRM.

O evento aconteceu na Câmara de Vereadores de Senhor do Bonfim e contou com representações de nove municípios. Com exceção de Ponto Novo todos os outros municípios compareceram inclusive a “parceira” Itiúba. “A participação e representatividade governamental dos municípios no simpósio associado ao rateio das despesas do evento é um forte indício de que os municípios estão dispostos a assumirem um compromisso com a política das mulheres”, disse a coordenadora do Centro de Referência expressando toda a felicidade do sucesso do evento. “Estou feliz - desabafou - com a sensação de dever de cumprido. Finalizo o ano de 2010 fechando o plano de trabalho do CRM com todas as metas realizadas. Deixo para 2011 o espólio de 2010: colhei o pomo porque a safra está pronta”, externou.

O CRM, inaugurada em 21 de julho/2010 já atendeu 89 casos novos e fez 183 atendimentos. Os casos são decorrentes de todos os municípios com exceção de Ponto Novo. 90% dos casos atendidos decorrem de violência física seguidos de violência psicológica, patrimonial e sexual. Tanto a idade dos agressores quanto das vítimas varia de 20 e 40 anos. 80% das agredidas são independentes financeiramente e 90% dos casos a agressão parte de companheiros ou ex-companheiros.

Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher

Até o ano de 2002, a base do Programa Nacional de Combate à Violência contra a mulher, sob a gerência da Secretaria de Estado de Direitos da Mulher (SEDIM), do Governo Federal, era o apoio à construção de Casas Abrigo e à criação de Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAM). Com a criação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), no primeiro ano do Governo Lula, em 2003 e com o início da formulação da Política Nacional de Enfrentamento, as ações mudaram de foco.

Com o objetivo de colocar as novas diretrizes em prática, em 2004, o Estado passou a promover a criação de novos serviços (como os Centros de Referência, as Defensorias da Mulher) e a propor a construção de redes de atendimento para assistência às mulheres, em todo o país. Ficou firmado o Pacto.

O Pacto é uma estratégia de gestão que orienta a execução das políticas de prevenção e combate à violência contra as mulheres, garantindo a assistência e preservação de seus direitos”.

No total, 24 estados brasileiros já aderiram à iniciativa, exceto Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A proposta é organizar as ações com base na Implementação da Lei Maria da Penha e Fortalecimento dos Serviços Especializados de Atendimento, Proteção dos Direitos Sexuais e Reprodutivos e Implementação do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Aids, Combate à Exploração Sexual e ao Tráfico de Mulheres e Promoção dos Direitos Humanos das Mulheres em Situação de Prisão.
Reconhecimento

Atualmente existem 889 serviços especializados, sendo:

 464 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher,

 165 Centros de Referência de Atendimento à Mulher,

 72 Casas-Abrigo, 58 Defensorias Especializadas,

 21 Promotorias Especializadas, e

 12 serviços de responsabilização e educação do agressor.

No que se refere à Justiça, foram criados, após a promulgação da Lei Maria da Penha:

• 89 juizados especializados/varas adaptados de violência doméstica e familiar.
Construindo indicadores

 Observatório;

 Central de Atendimento à Mulher - 180

A partir de uma análise realizada no mês de julho de 2007, quando a Central registrou 20.385 ligações, foi possível obter, por exemplo, os seguintes dados:

 94% dos registros eram relacionados à violência doméstica e familiar;

 73% das denúncias eram causados por violência praticada pelo cônjuge;

 80% das vítimas de violência relataram ter filhos;

 59% informaram que a freqüência com que a violência ocorre é diária;

 57% dos registros informaram que os agressores utilizam entorpecentes;

 70% alegaram estar correndo risco de espancamento ou morte.

Além da visibilidade, o Pacto assegurou, no Plano Plurianual (PPA) 2008-2011:

• R$ 1 bilhão para o investimento em ações sob a coordenação da SPM.

 Na Bahia, os projetos de enfrentamento envolveram R$ 4,6 milhões para instalação de centros de referência, núcleos de atendimento e casas de passagem.

BAHIA

O estado também conta com a Rede Estadual de Atenção à Mulher, implantada em 15 territórios de identidade, onde foram instalados:

 22 Centros de Referência (CR’s),

 15 Delegacias Especializadas,

 01 Centro de Abortamento Legal,

 02 Juizados Especiais,

 01 Núcleo da Defensoria Pública, e

 01 Casa-Abrigo.

Senhor do Bonfim (Território Piemonte Norte do Itapicuru)

 Pode-se dizer que houve avanços no principal objetivo da Política Nacional: enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres, a partir de uma perspectiva de gênero e de uma visão integral do fenômeno. Senhor do Bonfim, por ser um dos 22 municípios da Bahia que possui Centro de Referência da Mulher, sendo o único do norte da Bahia, recebeu no último dia 25 de novembro do ano em curso (2010), um veículo “eco sport “ que será utilizado no apoio ao trabalho frutuoso que vem sendo desenvolvido em apoio às mulheres vítimas de violência. Este centro, coordenado por Maria José Ferreira Alves, conta com psicólogas, Assistente Social e Advogada e vem contribuindo de forma significativa com a luta de libertação das mulheres desde janeiro deste ano, inaugurado em julho, está sediado À Rua Juracy Magalhães, 06 – Centro. Funcionas das segundas às sextas-feiras das 8h às 12h e das 13h30minh às 17h30h.

Por isso, deve-se investir em ações preventivas e educativas que modifiquem comportamentos e padrões culturais machistas e assegurar o cumprimento da Lei Maria da Penha - que ineditamente criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Por Maria José Ferreira Alves
Coordenadora do CRM

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Lei Maria da Penha é debatida em Salvador

A 1ª vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria José Sales Pereira, participou na manhã de 25 de novembro de 2010 de audiência pública na Câmara Municipal de Salvador, no Plenário Cosme de Farias, onde foi debatido o tema "O agressor na perspectiva da Lei Maria da Penha".

A audiência integra parte da Campanha Mundial dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres e garantia dos direitos humanos. A iniciativa do evento foi da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal, que é presidida pela vereadora Tia Eron.

O período de 25 de novembro a 10 de dezembro foi escolhido como foco de ação da Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres por englobar quatro datas de luta pela erradicação da violência contra as mulheres e garantia dos direitos humanos.

No Brasil, a Campanha começa mais cedo e inclui o 20 de novembro, para destacar a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras.

As datas são as seguintes:
  • 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra;
  • 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres;
  • 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids; 6 de dezembro, Massacre de Mulheres de Montreal; e
  • 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Texto: Ascom TJBA / Fotos: Nei Pinto
Retirado do site do TJ/BA

Matéria cedida gentilmente por Sandra Virgínia P. Evangelista
Advogada CRM



sábado, 27 de novembro de 2010

CTRM é contemplado com veículo neste 25 de novembro

O Centro territorial de Referência da Mulher "Mãe Sulinha", através da Prefeitura Municipal de Senhor do Bonfim/BA, é contemplado neste 25 de novembro com um veículo Ecosport de Placa NTN 3221. A doação tem por objetivo auxiliar nas políticas de enfrentamento à violência de gênero e está destinado ao uso exclusivo em serviço.

A ceremonia aconteceu no Hotel Fiesta em Salvador nesta última quinta-feira, dia 25/11/2010 à 16:30min. Fizeram-se presentes no evento vinte e duas (26 ) representantes de Estado de todo o Brasil, acrescido das presenças do Governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner e a Ministra Nilcéia Freire. Também estava presente Harold Robinsom, representante das Nações Unidas dos Direitos Humanos.

Durante o ato ceremonial, a Secretária Nacional de Política para a Mulheres, Maria Aparecida, apresentou o Balanço Geral da pasta e disse que o Brasil cresceu 161% nos 8 anos do Goveno Lula no avanço a estas políticas.

Senhor do Bonfim faz parte desta estatística e tem a honra de ser parte. Tanto assim é, que acaba de receber um veículo Ecosport plotado de placa policial NTN 3221 para uso exclusivo do Centro de Referência da Mulher.

Duante o evento foi prouzido plano de trabalho para o ano e 2011. A coordenadora do Centro de Referência da Mulher - Mãe Sulinha - a senhora Maria José Ferreira Alves, apresentou o plano de Ação confecionado.

Nós que compomos a equipe CRM estamos felizes e agradecemos a todas as pessoas que de forma direta e indireta nos ajudaram e continuam lutando pelo fim da violência contra as mulheres.

Parabéns, Bonfim! Parabéns mulheres de todos os municípios do Território Piemonte Norte do Itapicru.

Nós temos o direito de sermos donas de nossas próprias vidas!








Eliminar a violência contra as mulheres é foco deste 25 de novembro

Casamentos forçados, mutilação genital, abuso e violência sexual, alvo do tráfico de pessoas para exploração sexual, agressões verbais, morais e físicas. Estas são algumas das situações vividas por mulheres, desde meninas até a idade adulta, em vários países, continentes e culturas. Para a Anistia Internacional a causa para essa violência é única: a simples discriminação por ser Mulher!

Por causa desta realidade geral e de casos específicos como o das três irmãs Mirabal, ativistas políticas da República Dominicana, que foram assassinadas por ordem do então governo autoritário de Rafael Trujillo, em 1961, é que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 1999, o Dia Internacional da eliminação da violência contra a mulher, celebrado em 25 de novembro.

A data é uma oportunidade para que organizações sociais, movimentos e demais entidades em todo o planeta realizem atos para dizer Não à Violência de gênero e conscientizar a população sobre esta violação - e porque não perseguição - de direitos.

Para a Agência das Nações Unidas para educação, ciência e cultura, Unesco, a violência contra mulheres já atingiu "proporções epidêmicas", uma vez que já foi constatado que uma em cada três mulheres no mundo, já foi vítima de agressão física, de maus tratos ou manteve relações sexuais forçadas. A diretora geral da Unesco, Irina Botoava, declarou que este tipo de violência é uma "violação inadmissível" dos direitos e liberdades fundamentais das mulheres.

Para celebrar a data neste ano, a Unesco elaborou uma semana de eventos em diversos países. Na França, país sede da agência, haverá uma conferência com a temática "A mulher, a água e o desenvolvimento sustentável na África".

No Chile, a Anistia Internacional convocou os meios de comunicação do país para participarem do ato público "Os direitos das mulheres são direitos humanos", que aconteceu na República com Salvador Sanfuentes, no Metrô República. Durante o ato público foram realizadas mesas de discussão abordando temas como violência intrafamiliar, mulheres em conflitos armados, direitos sexuais e reprodutivos e a situação das mulheres migrantes.

Estima-se que 35% das mulheres chilenas sofram violência dentro da família e, a cada semana, pelo menos uma delas é assassinada por seus companheiros ou ex-companheiros. Já no México, a violência contra as mulheres, entre 15 e 44 anos, tem causado mais mortes e deficiências do que o câncer, a malária, os acidentes automobilísticos e a guerra juntos, segundo estimou o Banco Mundial.

A diretora do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, Unifem, para o México, América Central, Cuba e República Dominicana, Ana Güezmez García, afirmou que, de 135 países sem guerra, o México encabeça a lista em matéria de feminicídios.

No Brasil, o Dia Internacional da eliminação da violência contra a mulher será celebrado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), do Governo Federal, na cidade de Salvador, na Bahia. Segundo dados da instituição, o serviço especializado para mulheres no país aumentou em 161%, nos últimos 7 anos, mas, ainda são poucos os serviços de responsabilização e educação do agressor, com apenas 12 unidades para atender todo o país.

Para ressaltar a maneira como as mulheres são tratadas, a diretora da Unifem recordou que dois terços da população analfabeta no planeta, é composta por mulheres. Elas ainda fazem parte dos 70% de pessoas que sobrevivem com menos de um dólar por dia. A população feminina também recebe uma remuneração de 20 à 50% menor que a dos homens, e são também as mulheres os principais alvos do tráfico de seres humanos, representando 79% das vítimas deste crime.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dia Internacional pela Não Violência Contra a Mulher

Dia 25 de novembro será marcado por grande show e ato público de reafirmação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres

No dia 25 de novembro é celebrado o Dia Internacional pela Não Violência Contra a Mulher. Este ano, Salvador será palco da programação nacional, realizada pelo governo federal, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade do Estado da Bahia (SEPROMI). A programação em celebração à data terá início às 16h, no Hotel Fiesta (Itaigara), quando os governos federal e estadual reafirmarão o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, pautado pelo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), que definiu o Estado como o principal responsável no enfrentamento daquele tipo de violência.

Durante a solenidade, a ministra da SPM, Nilcéa Freire, apresentará um balanço sobre os avanços promovidos pelo governo federal, em parceria com os governos estaduais, até o momento. Vinte e quatro estados brasileiros já aderiram ao Pacto, exceto os do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “A violência contra as mulheres não é apenas uma questão das mulheres, mas sim de toda a sociedade. Com o Pacto, os governos federal, estaduais e municipais têm responsabilidade pública no enfrentamento a essa violência”, disse Nilcéa Freire.

Na ocasião, serão entregues, pelo governador Jaques Wagner, 22 carros para prefeituras de municípios baianos para auxiliar no combate à violência de gênero. Estarão presentes autoridades locais e nacionais.

Rede de Atendimento - Dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres revelam que o número de serviços especializados aumentou em 161% no período entre 2003 e 2010. Atualmente, existem 889 serviços especializados - 464 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, 165 Centros de Referência de Atendimento à Mulher, 72 Casas-Abrigo, 58 Defensorias Especializadas, 21 Promotorias Especializadas, e 12 serviços de responsabilização e educação do agressor. No que se refere à Justiça, foram criados - após a promulgação da Lei Maria da Penha - 89 juizados especializados/varas adaptadas de violência doméstica e familiar. É importante notar que, além da criação, muitos recursos têm sido investidos para o/a reaparelhamento/reforma das Delegacias Especializadas, de Centros de Referência de Atendimento à Mulher e de Casas-Abrigo.

"Por Uma Vida Sem Violência"- Como a música é uma poderosa força de engajamento, a celebração da data se encerra com o show "Por Uma Vida Sem Violência II", protagonizado pela cantora Margareth Menezes, na Concha Acústica do TCA, a partir das 18h30. A ideia é celebrar as conquistas e reafirmar a necessidade de uma evolução sociopolítica e cultural de valorização da mulher.

A abertura do evento fica por conta do grupo “A Mulherada”, “Samba de Moça” e de Tonho Matéria. Em seguida, será a vez da cantora Margareth Menezes abraçar esta causa. "Acho extremamente importante termos um dia mundial de não-violência contra a mulher porque isso é algo que precisa ser definitivamente extinto da sociedade. Qualquer tipo de violência é um absurdo.", afirma Maga, a diva do afropop. "É uma data que precisa mesmo ser lembrada. Eu, como artista, como mulher, me sinto muito honrada em ter sido convidada para me apresentar num evento dessa importância".

A primeira edição do ato show “Por Uma Vida Sem Violência” foi comemorada no dia 25 de novembro de 2007, no Canecão (RJ), em alusão a um ano da Lei Maria da Penha. As músicas tinham a mulher como tema. As estrelas da noite foram Alcione, Margareth Menezes, Elba Ramalho, Lenine, Vander Lee, Tony Platão, André Ramiro e Fred Milianti, Rosemary, dos grupos Moinho e As Chicas.

Assessoria de Comunicação - Secretaria de Politicas para as Mulheres

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Campanha 16 dias de ativismo na UNEB pelo fim da violência contra a mulher

A “Campanha de 16 dias de ativismo na UNEB pelo fim da violência contra as mulheres: a multicampia em ação” é um evento de natureza interdisciplinar, organizado pelo Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade Diadorim (NUGSEX/DIADORIM), que reflete diálogos possíveis entre a Universidade, os Movimentos Sociais e o Estado sobre a questão da violência contra as mulheres em suas múltiplas dimensões interseccionais. Essa ação está articulada à campanha internacional intitulada “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”, que este ano completa 18 anos de existência, consolidando-se como a mais importante estratégia de sensibilização e mobilização da sociedade no tocante a essa problemática.

Objetivos:

Promover o debate sobre:

• As múltiplas faces da Violência contra as mulheres;

• Situação de violação dos direitos das mulheres homossexuais;

• Ações de enfrentamento à lesbofobia, ao racismo e a outras formas de violência contra as mulheres;

• Favorecer a construção de espaços de diálogo e parcerias interdisciplinares na defesa da Livre Orientação e Expressão Sexual como Direito Humano;

Em parceria com a entidade carioca “Maria Filipa” foi realiza a exposição O que eles levam no peito, uma mostra de camisetas temáticas, constando frases que evidenciam a violência verbal contra as mulheres. A exposição teve seu primeiro momento na Biblioteca Central do Campus I, seguiu para o campus de Conceição do Coité e finalizou na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, em Salvador. Ao todo, milhares de pessoas que transitaram nestes espaços puderam tomar consciência deste tipo de violência.

Outras relevantes ações da Campanha foram:

As ações:

MESAS-REDONDAS: As mesas-redondas compostas por 3 (três) participantes-expositor@s e um coordenad@r para organizar a exposição e mediar o debate, com duração total de 120 minutos. As mesas foram realizadas nos Departamentos onde estão lotad@s @s docentes envolvid@s no evento, assumindo especificidade particular em cada localidade.

OFICINAS: Foram realizadas duas oficinas:

Oficina de Capacitação de Lideranças na Luta contra a Violência contra as Mulheres, envolvendo membros das diretorias de mulheres dos sindicatos da Construção Civil, das Empregadas Domésticas e dos Comerciários, tendo por foco às múltiplas faces da violência contra as mulheres no ambiente de trabalho;

Oficina de Capacitação de Professor@s da Rede Pública Municipal de Salvador, voltada à instrumentalização do corpo docente das escolas municipais para a discussão do movimento nos espaços de ensino.

As oficinas, foram coordenadas por docentes da UNEB, contando com especialistas de outras instituições. A metodologia da oficina compreendeu as etapas de interação, reflexão e produção. O produto realizado nas oficinas foi exposto à comunidade.

EXPOSIÇÃO: Mostra de camisetas que expressam a representação popular sobre o universo feminino, contendo dizeres depreciativos com relação à condição da mulher no cotidiano da urbis. A mostra foi organizada pela ONG Maria Felipa – RJ.

MURAIS: O evento se articula ao Sistema de Biblioteca da UNEB (SISB/UNEB), que irá atuar como elemento de difusão em todos os campi da Instituição no tocante a divulgação da campanha, bem como na organização de mostras de filmes e na elaboração de murais informativos sobre a temática.

A ENERGIA DAS PALAVRAS

O som viaja pelo ambiente através de ondas, se por um acaso estivéssemos no espaço, acima da atmosfera da terra, onde existe o vácuo, sem o ar para transportar estas ondas, o som poderia ser produzido da mesma forma, mas ele não se expandiria através do espaço.

Isto acontece porque quando produzimos um som através de nossa fala, para que alguém possa escutar o que estamos falando é necessário que haja o ar, sem ele não poderíamos nos comunicar através da fala.

Nossas cordas vocais vibram para que seja produzido o som da fala através do choque com o ar criando ondas que vão viajar pelo ambiente em todas as direções.

Existe uma energia que parte das cordas vocais e é transferida para o ambiente através das ondas sonoras, esta energia além de ser física, no plano físico da matéria, ela também se estende no plano espiritual.

Se você falar a palavra, “amor”, e pensar no amor como uma coisa boa em sua vida, esta palavra vai ser carregada de energias boas que através de seu pensamento em seu cérebro, no sistema nervoso de seu corpo, partirá uma ordem de impedância já apropriada para o sentimento que você está tendo. Desta forma seus neurônios definirão a suavidade de sua voz, a velocidade em que suas cordas vocais emitirão este som para que quem estiver ouvindo receba e entenda seus sentimentos.

A palavra, “amor”, dita desta maneira vai carregar consigo através do ar do ambiente as energias que você produziu, quem estiver escutando vai receber junto com as ondas sonoras as energias que acompanham esta palavra.

Estas energias darão muitos significados e pensamentos a palavra amor, mas se a mesma palavra for dita com um sentimento de repulsa ou mágoas, o som da palavra vai ser igual, mas suas energias serão diferentes, o timbre de voz muda e se torna mais áspero aos ouvidos, junto com as ondas sonoras virão energias negativas a nosso organismo e nosso espírito.

Um simples, “oi”, que você diz para alguém expõe muitos sentimentos e pensamentos, através de uma sensibilidade que nós temos naturalmente junto com o nosso desenvolvimento espiritual, nossa mediunidade se torna um fator essencial para que nosso espírito saiba antecipadamente o que alguém que diz um simples, “oi”, está querendo, se está com boas ou más intenções, se é uma pessoa de confiança, se é verdadeira ou falsa.

Nossas palavras vem de dentro de nosso coração quando somos verdadeiros com as outras pessoas, o som que emitimos e entendemos como fala, foi desenvolvido no limiar da evolução humana, quando vivíamos em cavernas a milhões de anos, nossa comunicação era simples, não existia a escrita nem a ortografia, ninguém escrevia e nem tinha inteligência para associar alguma palavra a algum sentimento.

Nossa casa deve ter um ambiente saudável, os integrantes de uma família devem ser sinceros uns com os outros, cada um se colocando no lugar do outro e tentando compreender suas razões para as atitudes que consideramos estranhas.

Do mesmo modo que os filhos precisam de serem compreendidos, os pais também precisam, cada ser humano é único e portanto pensa de maneira diferente.

O amor deve respeitar o espaço do ser amado, nunca devemos anular a quem nós amamos, todos nós temos a necessidade de sermos quem somos, se estamos tristes ou alegres, preocupados, não precisamos fingir e nem esconder.

Um lar tem a mistura de energias de seus moradores, a partir do momento em que cada um tem seu espaço, cada um tem o seu valor, sua função dentro da convivência mútua, as coisas começam a melhorar no sentido de relacionamento familiar, se em casa começa a ficar tudo bem, o ambiente externo também melhora.

Portanto, amemo-nos! Amai-vos uns aos outros!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades. Hoje sei que isso é... autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... amor -próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Hoje descobri a... humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é.... saber viver!

Kim e Alison McMillen

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sobre o tempo do amor

LÉO ROSA DE ANDRADE
Doutor em Direito pela UFSC. Psicólogo e Jornalista. Professor da Unisul.Site: www.leorosa.com.br

Lamenta-se muito a falta de amor. O mundo não estaria bem porque nós todos amaríamos de menos e de menos estaríamos sendo amados. Ao mesmo tempo, declaramos amor a tudo e amamos de todas as formas: garantimos amar os pais, os filhos, os vizinhos, o cachorro, o ursinho de pelúcia. Amamos, pela televisão, o artista da novela; pelo computador, alguém em um teclado distante. Amamos a nós mesmos, quando nos expomos sem pudor e senso de ridículo nos sites de relacionamento.

A rigor, parece que todo mundo ama todo mundo e por muitas formas. Ou então estamos deturpando a palavra amor. Temos de usá-la para significar gosto ou interesse por qualquer coisa. Ama-se a roupa, o veículo, o cachorro-quente. Creio que há declaração de amor em excesso no mundo. Mas esse é outro tipo de amor, falado sem compromisso, um uso vulgarizado da palavra. É uma questão coletiva. Estou pensando no amor privado, de um casal que se conhece, se envolve e se deseja.

Tenho gosto e curiosidade sobre como nasce, vive e morre uma paixão avassaladora. Cultivo dúvida, especialmente, sobre como sobrevive um amor que já morreu. Há versões de que um par se atrai pelo cheiro, por componentes bioquímicos, pelo fenótipo, por resistências a bactérias, por interesse, por relações de dominação, por busca de provimento. Talvez por tudo isso e algo mais.

Eu sei que o amor começa sem qualquer comedimento, com muitas promessas, com todas as ofertas, com uma busca ávida e insaciável do outro. Há um gozo inesgotável, mas que se enternece com um toque, uma palavra, um pequeno gesto. Quer tudo e contenta-se com pouco. É ciumento e generoso. Pede demais e dá-se todo. O amor é caprichoso e egoísta, mas, contrariando-se, dá ao outro um valor que vale por tão só existir.

Depois, é inacreditável, perde o vigor. O casal se compromete, um se apropria do outro, estabelecem-se limites para cada ser. Um pode-tudo se converte em proibição geral. Os devaneios sonhados juntos viram rotina. O prazer da presença vira obrigação. A pequena gentileza agora é dever doméstico.

Há uma conversão dos sentimentos: os prazeres se transformam em responsabilidades. A excitação incontrolável, quando muito, sobra como um carinho fraternal. Não há mais nem briga, só um cansaço. O fascínio acaba. O casal sobrevive e cada parte morre um pouco cada dia e vê o outro morrer do mesmo modo. É momento de ir e as partes não se vão. Os casais deveriam pensar bem, pensar com emoção. Se a chama, se o amor não tem como renascer, é hora de um novo amor.

Matériacedida gentilmente por Sandra Virgínia P. Evangelista (Advogada CRM)

Maria da Penha: queixa da vítima dispensa representação formal

Queixa da vítima basta para mostrar interesse em ação contra agressor

A mulher que sofre violência doméstica e comparece à Delegacia para denunciar o agressor já está manifestando o desejo de que ele seja punido, razão pela qual não há necessidade de uma representação formal para a abertura de processo com base na Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/06). Esse entendimento foi adotado pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar um recurso contra decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).

Em fevereiro de 2010, a Terceira Seção do STJ (que reúne os membros da Quinta e da Sexta Turmas) decidiu, ao julgar um recurso repetitivo, que a representação da vítima é condição indispensável para a instauração da ação penal (Resp 1.097.042). A decisão de agora é a primeira desde então que estabelece que essa representação dispensa formalidades, uma vez estar clara a vontade da vítima em relação à apuração do crime e à punição do agressor.

O TJ-DF havia negado a concessão de habeas corpus para um homem acusado com base na Lei Maria da Penha. De acordo com a decisão de segunda instância, em nenhum momento a Lei fala de impor realização de audiência para a ofendida confirmar a representação. Para o TJ, somente havendo pedido expresso da ofendida ou evidência da sua intenção de se retratar, e desde que antes do recebimento da denúncia, é que o juiz designará audiência para, ouvido o Ministério Público, admitir a retratação da representação.

O acusado apontava irregularidades no processo, alegando que em momento algum a vítima fizera representação formal contra ele. Para a defesa, a abertura da ação penal teria que ser precedida por uma audiência judicial, na qual a vítima confirmasse a representação contra o acusado.

“Ainda que se considere necessária a representação, entendo que esta prescinde de maiores formalidades, bastando que a ofendida demonstre o interesse na apuração do fato delituoso”, afirmou o relator do recurso na Quinta Turma, ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Segundo ele, esse interesse “é evidenciado pelo registro da ocorrência na delegacia de polícia e a realização de exame de lesão corporal”.

O ministro expressou ressalvas quanto à tese vitoriosa na Terceira Seção, pois, para ele, a lesão corporal no âmbito familiar é crime de ação pública incondicionada (ou seja, que não depende de representação da vítima para ser tocada pelo Ministério Público). Ele sustentou seu voto em decisões anteriores do STJ, no mesmo sentido de que não há uma forma rígida preestabelecida para a representação.

O caso julgado é o segundo precedente neste sentido. Em setembro de 2009, antes, portanto do julgamento do recurso repetitivo na Terceira Seção, a Quinta Turma decidiu da mesma forma ao analisar o HC 130.000, cuja relatora foi a ministra Laurita Vaz. Naquela ocasião, os ministros afirmaram que “a representação (...) prescinde de rigores formais, bastando à inequívoca manifestação de vontade da vítima”. No caso julgado, a Turma considerou a queixa levada à autoridade policial, materializada no boletim de ocorrência, como suficiente para o seguimento da ação. As duas decisões da Quinta Turma foram unânimes.

Processos: RHC 23786 / REsp 1097042 / HC 130000
Fonte: STJ       Extraído do site COAD ADV online.
Matéria cedida por Sandra Virgínia P. Evangelista

VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES: uma expressão da questão social

O perverso ciclo da violência doméstica contra a mulher...Afronta a dignidade de todos as pessoas!
A violência doméstica acontece dentro de um ciclo e acaba estabelecendo um tipo de vínculo especial entre o agressor e a vítima. A primeira relação que se estabelece é de confiança. O companheiro ou marido traz para ela aspectos positivos e ela projeta nessa pessoa perspectivas de vida relacionamento de mais longo prazo com ele. Constata-se que a primeira violência nunca acontece no primeiro dia, no primeiro encontro. Há uma dificuldade de comunicação, pois a primeira agressão rompe uma relação de confiança atingindo uma relação que era satisfatória. Muitas mulheres chegam a perguntar para si mesmas: O que fizeram de errado? A violência inicial desorienta a mulher e ela tende a apresentar sintomas de depressão e ansiedade.

Isolada neste processo, a mulher culpa-se pela situação, entra em um processo de resistência passiva e se habitua a conviver com aquele tipo de situação. A vítima passa a assumir o modelo mental do seu agressor. É quando ela passa a pensar que ele está certo e ela está errada, mas com o objetivo de garantir a integridade psicológica e adaptar-se à situação.

Na medida em que essa mulher fica isolada, sem alguém que possa ajudá-la a entender o que está acontecendo nem garantir-lhe a segurança de que precisa, ela passa a se adaptar a essa situação, para manter um bom relacionamento com o agressor. Tal é a desesperança que busca segurança no próprio agressor. A mulher passa a desenvolver grande dependência do agressor, idealização do agressor e defesa das razões do agressor.

A maioria das mulheres têm dificuldade em considerar os atos como violentos nas fases iniciais, geralmente marcadas por “agressões verbais, ciúmes, ameaças, destruição de objetos etc.” A mulher sofre um distúrbio de percepção e avaliando o agressor como cansado ou alcoolizado, alivia a responsabilidade dos atos violentos comportando-se como cúmplice. Nós precisamos desenvolver nas palavras da Ministra Ellen Gracie, Presidente do Supremo Tribunal Federal:

(...) Um patamar de referência processual afirmativa e de sensibilização dos atores judiciais e da opinião pública para que não se reproduza, como sempre, a representação ideológico/cultural de dominação do homem sobre a mulher, de ricos sobre pobres e de incluídos sobre os socialmente excluídos.

Ser violento. Tratar o outro como objeto é violar a dignidade de todos nós.

Nadhiany Vieira – estagiária de Serviço Social do CRM



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

As pessoas geralmente se preocupam com a aparência física e se esmeram para mostrar certa elegância, de acordo com suas possibilidades.

Isso é natural do ser humano. Tanto que muitos buscam escolas que ensinam boas maneiras. No entanto, existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez cada vez mais rara: elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso do correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não há festa nem fotógrafos por perto: é uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.

Nas pessoas que escutam mais do que falam.

E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas de boca em boca.

É possível detectá-la também nas pessoas que não usam um tom superior de voz.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É uma elegância que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece.

É quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretaria que pergunte antes quem estar falando, e só depois manda dizer se estar ou não.

É elegante não ficar espaçoso demais.

Não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.

É muito elegante não falar em dinheiro em bate papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, cargo, e jóia não substituem a elegância do gesto.

Não há livro de etiqueta que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo e a viver nele sem arrogância.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A pessoa de comportamento elegante fala no mesmo tom de voz com todos os indivíduos, indistintamente.

Ter comportamento elegante é ser gentil sem afetação.

É se amigo sem conivência negativa.

Ser sincero sem agressividade.

É ser humilde sem relaxamento.

Ser cordial sem fingimento.

É ser simples sobriedade.

É ter capacidade de perdoar sem fazer alarde.

É superar dificuldades com fé e coragem.

É saber desarmar a violência com mansuetude e alcançar a vitória sem se vangloriar.

Enfim, elegância de comportamento não é algo que se tem, é algo que se é.
Mais do que decorar regras de etiqueta e elaborar gestos ensaiados,

É preciso desenvolver a verdadeira elegância de comportamento.

Importante que cada gesto seja sincero, que cada atitude tenha sobriedade.
A verdadeira elegância é a do caráter porque procede da essência do ser.
PENSE NISTO!
Matéria concedida gentilmente por Roseane Rocha (Psicóloga do CRM)

domingo, 19 de setembro de 2010

PLANO DO II QUADRIMESTRE DE 2010

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES - Maio/Agosto de 2010

03/05
 • Entrevista na Rádio Caraíba p/ divulgar a Campanha do Laço Branco;

• Confecção de faixas e cartazes para a campanha.

04/05
• Trabalho em equipe para confecção da agenda do CRM;

• Reunião de formação de parceria com a Igreja Adventista .

05/05
 • Articulação com a comunidade sobre a campanha Laço Branco: agendando carro e som; ofício para Deptº de trânsito, Corpo de Bombeiros, PM, CEPAC, Coelba, Embasa, Dires, Colégios e Igrejas;

• Agendamento de palestra no Tijuaçú 09/05;

• Agendamento da Caminhada de 15/05.

06/05
 • Reunião com os criadores de eqüinos do Piemonte;

• Reunião com o Coord. do Bolsa Família;

• Confeccção de ofícios na SEMAS sobre o Conselho da Mulher.

07/05
 • Reunião com o Pastor da Igeja Adventista do Sétimo Dia para organização da Campanha do Laço Branco

09/05
  •  Palestra de Tijuaçú (suspensa) pelos organizadores do evento

10/05
 • Entrevista Rádio Caraíba; reunião com o Conselho de Segurança Pública no Batalhão;

• Reunião com com parceiros na implementação das políticas para as mulheres e realização da campanha do Laço branco;

• Entrega de ofícios às instituições que compõem o Conselho da Mulher.
• Palestra na Escola Altamira Teixeira.

11/05
 • Articulação para realização do Evento Campanha do Laço Branco;

• Entrega de ofícios às instituições que compõem o Conselho da Mulher.

12/05
 • Reunião com Pastor da Igreja Adventista;

• Entrega de ofícios para Campanha do Laço Branco na PF, Delegacia de Polícia, DIRES, EMBASA e COELBA.

13/05
 • Encontro com Governador em Andorinha;

• Comemoração à Abolição da Escravatura em Tijuaçu;

• Encomenda de faixas e bandeiras na NAMPY para Campanha do Laço Branco;

• Licitação dos móveis para o CRM;

• Providencia de materiais como xerox e folder para a Campanha Laço Branco.

14/05 • Encaminhando ofícios no CRM

15/05 • Passeata “Homens unidos pelo fim da violência contra a mulher”.

17/05 • Elaboração de release para enviar à ASCOM

18/05
 • Discussão em grupo sobre o evento – pontos positivos e negativos;

• Entrega de documento da SEPROMI na casa de Evaneide – Alto da Maravilha (Vera);

• Articulando o Conselho da Mulher;

• Participação do CRM no cine debate na Praça Nova do Congresso, realizado pelo CREAS (noite).

19/05
 • Atualização do blog do CRM;

• Organização da posse das Conselheiras para o Conselho da Mulher (evento adiado);

20/05
 • Capacitação em Liderança – CEAFRO – Campo Formoso;

• Confecção de slogans para faixas da caminhada.

21/05
 • Capacitação em Liderança – CEAFRO – Campo Formoso;

• Reunião do Prefeito Paulo Machado com os prefeitos dos Territórios.

24 a 28/05
 • Capacitação em Salvador – Coord. e Psicólogs.

28/05
 • Divulgação da Passeata “Homens pelo fim da violência contra as mulheres no Parque da Cidade - Show de Lázaro Ramos (entrega de fitas à noite).

31/05
• Release e atualização do blog do CRM;

• Reunião interna para discutir a capacitação feita pela CEAFRO.

DIA MÊS : JUNHO

01/06
• Reunião na Câmara Municipal;

• Articulação da Cavalgada (apoio e parcerias).

02/06
• Reunião no Restaurante Apetit às 20:00 com Jaula e Zeca Bonfim;

• Reunião da Comissão da Defesa Civil na Prefeitura – 09:00 - Pauta: escassez água na região.

03/06 • Articulando a Cavalgada

04/06 • Articulando cavalgada

07/06 • Atividades internas (atendimentos)

08/06 • Reunião com o Bispo Dom Francisco Palhano Canindé – Pauta: vigília

09/06 • Articulando vigília

10/06 • Calçadão – Lançamento de obras da Prefeitura

11/06 • Atividades internas (atendimentos)

14 a 30/06 • Atendimento interno de acordo com a escala em função do período junino

DIA MÊS : JULHO

01/07 • Confecção dos convites para inauguração do CRM

02/07 FERIADO

05/07 • Preparação para inauguração do CRM

06/07 • Reunião no CRM com grupo da Igreja Católica

07/07 • Contatos: toldo, comunicação, tv, rádio, som (com Alex), convites (território, Prefeitura, Secretários, Ongs, Conselhos e Associações.Trabalho interno no CRM

08/07 • Contato com o Conselho da Mulher sobre a data da posse e a inauguração do CRM (Roseane);
09/07 • Confeccionando faixa do Centro – Decalck

12/07
 • Preparação para inauguração- confecção do painel de fotos e cartazes (equipe);

• Reunião da equipe;

• Contato com as instituições para lembrar da posse do CMDC.

13/07
 • Preparação para inauguração- confecção do painel de fotos e cartazes (equipe);

• Desmarcando com as instituições a fim de informar a mudança da posse do dia 19 para o dia 20/07;

• Reunião da equipe para recepcionar a Assistente Social Magaly e a recepcionista Nadhiany.

14/07
 • Confeccionando crachás para conselheiras do CMDM;

• Articulação com representantes da Igreja Católica;

• Confecção de convites e ofícios para inauguração do CRM.

15/07
 • Articulação com os CRAS;

• Reunião com a equipe;

• Divulgação do blog do CRM;

• Entrega de convites para inauguração do CRM.

16/07
 • Entrega de convites;

• Entrega de ofícios às Entidades solicitando nomes para o Conselho.

19/07
• Entrega de convites;

• Entrega de ofícios às Entidades solicitando nomes para o Conselho

20/07
 • Preparação para inauguração;

• Posse do Conselho da Mulher;

• Entrega de convites para inauguração do CRM;

• Preparativos para a Inauguração do CRM – Centro de Referência da Mulher Mãe Sulinha (dia inteiro – equipe).

21/07 • Inauguração do CRM

22/07 • Definição de papéis para treinamento do pessoal de apoio do Centro

23/07 • Reunião interna da equipe

25/07 • Entrevista no Programa Emoções de Wellington Ramos sobre o CRM

26/07
 Reunião interna;

• Reunião do Selo Unicef na Prefeitura;

• Capacitação em Salvador da equipe técnica (de 26 a 30/07 com Advogada e assistente social)

27/07 • Atendimento interno

28/07 • Articulação com a Igreja Católica para vigília no dia 07/08

29/07 • Cine debate no CSU com o filme “Preciosa”

30/07 • Reunião com a Igreja Católica para articulação dos grupos e movimentos pastorais para a vigília

DIA MÊS : AGOSTO

01/08 • Entrevista sobre o CRM no Programa "Emocões" com Wellington Ramos na Rádio Caraíba

02/08
 • Preparação para Vigília;
  •  Contato com órgãos públicos (PM, Bombeiros, ambulância, gabinete);
• Reunião Pró-Selo Unicef;

• Reunião discutindo sobre a capacitação da SEPROMI.

03/08
 • preparação de apostilas para capacitação da equipe técnica do CRM;

• Reunião do Conselho de Segurança no 6° BPM sobre o tema “Drogas nas escolas” com participação da DIREC, SEMEC, Conselho Comunitário de Segurança e etc.

04/08
• Reunião do gabinete do Prefeito com Alex – pauta: plano de marketing;

• Preparativos de cartazes e lamparinas para vigília (equipe).

05/08
• Entrevista na Rádio FM;

• Preparação do material para vigília e de apostilas para capacitação interna.

06/08 • Atendimento interno

07/08 • Entrevista na Rádio FM com Luisa da CEAFRO / Vigília da Paz – 19:00;

• VIGÌLIA (19 horas)

09/08 • Atendimento interno;

• Reunião da equipe para discutir pontos positivos e negativos da vigília,

10/08 • Reunião do Conselho da Mulher – 09:00

11/08
 • II Reunião Territorial;

• Filmagem no CRM do espaço físico e equipe do CRM pela TV Bonfim;

• Visita de Wellington Ramos ao CRM com elaboração de vídeo sobre o trabalho;

• Atendimento interno.

12/08 • Palestra e cine debate sobre o CRM no CSU - Centro Social Urbano – Vera Duarte;

13/08 • Atendimento interno

15/08 • Atendimento interno

16/08 • Reunião da CEAFRO e CERBES no CRM – 14:00;

17/08
 • Reunião do CMDM;

• Capacitação interna – 14:00 (secretária, vigias e serv. Gerais).

18/08
 • Reunião na Câmara Municipal com Empresários sobre marketing;

• Reunião com Conselho Comunitário de Segurança Pública – PM e Colégios Municipais – 14:00 – Colégio Modelo - tema “Drogas”;

19/08
• Trabalhos internos;

• Reunião com a coordenação.

20/08 • Atendimento interno

21/08 • Vigília em Campo Formoso – 18:00 (noite)

23/08
• Atendimento interno;

• Reunião da equipe com a coordenação para analisar propostas de melhoria para o CRM.

24/08 • Reunião do Conselho na CRM – 08:30;

25/08 • Palestra para idosas na Universidade Aberta para a Terceira Idade - UATI –15:00

26/08 • Atendimento interno;

• Entrevista na Rádio Caraíba sobre o Dia Internacional da Igualdade Feminina.

27/08 • Atendimento interno;

• Capacitação da CEAFRO em Salvador (Maria José e Vera Duarte).

28/08 sab
• Capacitação da CEAFRO em Salvador (Maria José e Vera Duarte);

• Caminhada Adventista pelo fim da violência (manhã) Nadhiany e Francisca;

• Palestra no Colégio Estadual (à tarde) Sandra, Roseane e Magaly.

30/08
 • Inauguração da Ouvidoria da PM no SAC – Mª José – 10:00;

• Atendimento interno;

• Articulação com a Associação Quilombola;

• Reunião interna da equipe.

31/08 • Atendimento interno;

• Preparação de material para a Ação Cidadania no Quicé;

• Preparação de material para o evento do Conselho de Segurança Pública em Itiúba

DEMANDAS DURANTE O II QUADRIMESTRE DE 2010:
 
1. ATENDIMENTOS
 
Maio: 01           Junho: 03           Julho: 08           Agosto: 25
  
2. ENCAMINHAMENTOS:

Maio: não houve

Junho: não houve

Julho: 03 (2° Centro de Saúde, Complexo Policial e SEMAS);

Agosto: 04 (CREAS, Delegacia de Polícia, Secretaria de Assistência Social e Setor Jurídico da Prefeitura Local, Centro de Testagem e Aconselhamento)

3. VISITAS:

Não é atribuição das técnicas do CRM realizar visitas domiciliares, contudo as realizamos quando da ausência das usuárias dos serviços do CRM.

4.  DEMANDAS E PROBLEMAS:

a) Demanda social: habitação, trabalho, violência física, psicológica, sexual e moral contra as mulheres, tendo como agressores, companheiros, parentes próximos e afins, na esfera da relação doméstica e familiar, e, benefícios eventuais de acordo com a LOAS.

b) Demanda jurídica: violência física, psicológica, patrimonial, sexual e moral, perpetrada por companheiros, namorados, maridos ou ex-maridos no âmbito da relação doméstica e familiar, entendida como o lugar de convívio permanente entre as pessoas ou ainda quando há alguma relação de afeto ou simplesmente laços de sangue e/ou afinidade; pedido de medidas protetivas de urgência a favor das agredidas (proibição de determinadas condutas, entre as quais: aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida, prestação de alimentos provisionais ou provisórios);pedido de prisão preventiva do agressor que descumpriu medida protetiva ou que representa risco para a integridade físico/psicológica da mulher; pedido de divórcio; regulamentação de guarda de menores; execução de alimentos; reconhecimento e dissolução de vínculo/sociedade de fato entre conviventes; pedido de alimentos, inclusive gravídicos; partilha de bens adquiridos na constância da relação.

c) Demanda Psicológica: Atendimento psicológico consiste no objetivo de promover o resgate da auto-estima da mulher e a resiliência da mulher atendida, de forma a tratar possíveis sintomas de depressão e ansiedade crônica; promover paradigmas que possibilitem à mulher em situação de violência internalizar o conceito de que a violência é inaceitável e insustentável em qualquer tipo de relacionamento, por mais que possa ser freqüente no padrão do tecido social em que está inserida.

OBS.:
A cavalgada, ainda não foi realizada.
Os atendimentos internos são realizados todos os dias, independente das atividades externas.
Os atendimentos às mulheres só puderam ser realizados depois da capacitação da equipe técnica.

A DESPEDIDA DO AMOR

Existem duas dores de amor: A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem contas não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente... E só então que a gente poderá amar de novo.

                                                                     (Matéia cedida gentilmente por Sandra Evangelista.  Texto de Martha Medeiro )

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

II Encontro de Mlheres: Articulando TI

Nos dias 27 e 28 de agosto de 2010 o CEFRO/UFBA, através do Projeto Encruzilhada de Direitos - Gênero, Raça e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na Bahia, realizou o II Encontro de Mulheres Articulando os Territórios de Identidade, em Salvador -BA, com a participação de representantes dos movimentos de mulheres dos 15 Territórios de Identidade da Bahia, por onde o Projeto Encruzilhada realizou ações nos anos de 2009 e 2010.

Nesse período a CEAFRO promoveu as vigílias na capital e no interior, incluindo no roteiro o Território do Piemonte Norte do Itapicuru (Campo Formoso e Senhor do Bonfim).

O encontro teve por objetivo avaliar a caminhada do Projeto e propor estratégias para a campanha pelo fim da violência  de gênero. 

"Nos 04 anos da Lei Maria da Penha (11.340/3006) e 02 anos do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência queremos refletir juntas, sobre os próximos passos do Projeto, rever as formas de luta de cada região, o que deu certo e o que precisa mudar", disse a coordenadora do Projeto Vilma Reis.

Na roda de diálogo, Senhor do Bonfim e Campo Formoso estiveram novamente, presentes e receberam o apoio da CEAFRO e da SEPROMI para manterem firme a parceria, enquanto TI.

Axé! para todas as mulheres da Bahia!

Qual o perigo em ser seletivo?

Conheço inúmeras pessoas que dizem já ter desistido do amor. Algumas pessoas passam por expriências tão dolorosas emocionalmente que acreditam, piamente, que o amor não fora feito para elas. Ledo engano! Tudo depende das nossas escolhas e de como conduzimos nossos relacionamentos. O amor não tem idade, sexo, classe social, nem vê compatibilidade de tipo sanguíneo, ele simplesmente acontece e se instala em nossos corações tomando conta de nossas vidas.

Depois de uma experiência sofrida a pessoa, talvez se sinta a mais infeliz das mortais e fique muito na retaguarda. Dizem que o melhor ataque é a defesa, pensa. Mas será que é certo ficarmos nos defendendo sempre de coisas que nem sabemos se vão ser boas ou ruins? Será que é certo deixarmos de viver emoções, que podem ser saudáeis, por medo do futuro?
Claro que depois de certa idade, e de ter vivido certas experiências, nós ficamos mais seletivas. Escolher com algum cuidado nossos parceiros não é errado; errado é quando disfarçamos os medos adquiridos ao longo dos relacionamentos, excluindo qualquer possiblidade de um recomeço, por achar que essa ou quela pessoa não é a ideal e vivemos sob a ilusão de que irá aparecer o tão idealizado homem dos sonhos. Afinal, pensamos que se já sofremos tanto: então agora nada mais merecido do que ter ao nosso lado alguém do jeitinho que sempre idealizamos! Mas, a vida não é assim, não se fabrica pessoas de acordo com as especificações impostas pelo cliente. Os relacionamentos para realmente darem certo precisam ser baseado no amor, no respeito e na compreensão de ambas as partes. Precisamos aprender a lidar com os defeitos do outro, até porque para convivermos com as boas qualidades não é preciso de amor.

Às vezes, quando nos pegamos relembrando o passado, sentimos de novo certas dores e nos colocamos outra vez na retaguarda. Mas, se um relacionamento não deu certo, isso não quer dizer que foi tudo em vão, mas que houve troca de emoções e que existiram certas afinidades para que isso acontecesse. O grande problema é quando projetamos nossos sonhos no outro e nos esquecemos que por sermos indivíduos únicos, também nossos sentimentos são percebidos de formas diferentes. Portanto, não subestime o outro, não o culpe pelos sonhos que você não realizou, pelo abraço que não recebeu, pelo beijo mal dado... dar e receber amor também é uma arte, e nem todos conseguem interpretar da mesma forma.

Enfim, tentar excluir das nossas vidas emções fortes pela simples aproximação de alguém que nos deseja e nos atrai é o mesmo que deixarmos de viver. Portanto, permita-se e tente outra vez!



terça-feira, 24 de agosto de 2010

II Vigília Territorial

O CRM participou no último sábado, dia 21, a II vigília territorial realizada na cidade de Campo Formoso-BA. O evento foi promovido pela Comunidade Eclesial de Base (CEBs) daquela cidade e teve o apoio de 04 seguimentos sociais do município de Senhor do Bonfim: o Centro de Referência da Mulher “Mãe Sulinha”, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) e o Conselho Comunitário de Segurança Pública. Também estavam presentes jovens residentes da Casa Abrigo estudantes daquela cidade. Como suporte maior, o evento contou com a presença de Luiza Hubem, membro do CEAFRO (Salvador-BA). Esta modalidade de política está sendo implantada no Território do Piemonte Norte do Itapicuru e pretende-se que seja estendida para todo o Território. O CRM parabeniza as articuladoras Andra e Carla pela dedicação com que organizaram o movimento.

Tribunal de Justiça e CNJ juntos para a aplicação da Lei Maria da Penha

Notícia extraída do site do TJ BA:


24/08/2010 07:58 - Tribunal de Justiça e CNJ juntos para a aplicação da Lei Maria da Penha
O Tribunal de Justiça da Bahia também está na campanha promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para erradicar a violência contra a mulher no país. Uma campanha publicitária será veiculada na mídia com o objetivo de chamar a atenção para o problema e promover a aplicação da Lei Maria da Penha tanto por parte dos órgãos Judiciários como pela sociedade.

O vídeo institucional tem a duração de 30 segundos e será divulgado em emissoras de tevê aberta em todo território nacional. Há também planos de mídia e spots para rádios.

Para o presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso “o Judiciário tem ciência da importância da Lei Maria da Penha e não medirá esforços para efetivá-la. O CNJ acredita no empenho dos magistrados nessa missão e se motiva para ver concretizada a aplicação dessa Lei”.

Clique aqui e veja o vídeo da campanha.
O link p ler e ver o vídeo: http://www.tjba.jus.br/site/noticias.wsp?tmp.id=3961

Sandra Virgínia P. Evangelista
Advogada do CRM